ANTIGO PRESIDENTE DA NISSAN: Organizei a minha fuga sozinho

Carlos Ghosn fugiu do Japão, onde é acusado de fraude e desvio de dinheiro e foi colocado em prisão domiciliária após 130 dias de prisão, para o Libano.

O antigo presidente da Nissan Carlos Ghosn, que fugiu do Japão para o Líbano, disse ter programado a sua fuga sozinho, desmentindo assim os rumores que apontavam para que tivesse contado com a ajuda de amigos e familiares.

“Fui eu que organizei a minha fuga sozinho” do Japão para o Líbano, disse Carlos Ghosn, num curto comunicado ao qual a AFP teve acesso, esta quinta-feira. “As alegações de que a minha mulher e outros familiares organizaram a minha fuga tendem a ser falsas e falsas”, acrescentou.

De recordar que o paradeiro do antigo patrão da Renault-Nissan continua desconhecido, sabendo-se apenas que chegou ao Líbano na segunda-feira.

As autoridades turcas detiveram várias pessoas esta quinta-feira suspeitas de ajudar Carlos Ghosn na sua fuga do Japão, onde estava a ser processado, para o Líbano — via Istambul -, de acordo com os media locais.

O ministro da Justiça libanês, Albert Serhan, disse também esta quinta-feira que recebeu um mandado internacional da Interpol para a detenção do ex-presidente da Renault-Nissan.

O Ministério do Interior turco abriu uma investigação para determinar as condições em que Ghosn conseguiu transitar pela capital turca, informou o canal de notícias NTV, citado pela agência de notícias AFP.

A fuga de Ghosn do Japão, onde é acusado de fraude e desvio de dinheiro e foi colocado em prisão domiciliária após 130 dias de prisão,  constitui uma reviravolta espectacular num caso extraordinário que viu a queda de um dos líderes mais poderosos do sector automóvel.

Para a sua fuga, Ghosn teria conseguido um avião privado emprestado que saiu do aeroporto de Kansai, no oeste do Japão. Um avião desse tipo descolou no dia 29 de Dezembro, por volta das 23:00, horário local (14:00 hora em Lisboa), em direcção a Istambul, informaram os media japoneses.

Segundo o diário turco Hürriyet, Ghosn é suspeito de ter pousado no aeroporto Atatürk – agora fechado para voos comerciais, mas ainda usado por aeronaves privadas – e de ter partido de seguida para o Líbano a bordo de outro avião privado. Procuradores japoneses também efectuaram hoje uma rusga em casa do ex-presidente da Nissan no Japão.

Carlos Ghosn não será extraditado se for para a França, disse a secretária de Estado da Economia francesa, Agnès Pannier-Runacher, no canal BFMTV.

“Se o senhor Ghosn vier para França, não o extraditaremos, isso porque a França nunca extradita os seus nacionais. Portanto, aplicamos ao senhor Ghosn e a todos as mesmas regras do jogo”, disse a secretária de Estado. No entanto, Agnès Pannier-Runacher considerou que Ghosn não deveria ter fugido dos tribunais japoneses.

Fonte: Noticias ao minuto

 

 

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